Não saber
se é de veludo ou de arame
o ciúme-carinho
das tuas mãos
se espinhos a língua roxa
de tão vermelha
e músculo por músculo
e tudo o que me condena no olho teu
eu gosto
também de embaralhar o que sinto
num enforcado grito
meu coração que você tem lambido
no pé da minha orelha
eu gosto
da sua queixa
e de perder o rumo como se fosse o mundo
teu nome de quantas letras
eu gosto
como vespa
que não sabe a dor que deixa
e nada explica o veneno
você
os longos trompetes hindus
e a nossa vida
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